segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

um passeio (a pé) pela cidade




































e agora que passou o Natal, 2017.


Eu não tenho uma barreira para saltar ou pular, eu não tenho uma meta no horizonte, eu não faço planos, eu não corro atrás de ninguém...eu não tenho expectativas claras e evidentes do que quer que seja.
O ano de 2016 foi miseravelmente bom para mim, tive trabalho, consegui por pão na mesa, comprei o que tinha de comprar, vagueei por aí, visitei, descobri, passeei...Acho que olhando para trás até que não foi mau, tirando um ou outro ponto. Tive 3 empregos, os ultimos dois qual deles o pior, mas ao mesmo tempo aprendi algo, sim porque aprendemos sempre algo - as pessoas não são o que são, não existe moral como antigamente, é o salve-se quem puder, e não existe amigos no trabalho!!!
Apesar de tudo , e o bom mesmo, foi ter vivido em regiões do país muito bonitas, tive o privilégio de viver junto ao Zezere o "meu" rio por excelência, com tudo aquilo que ele tem para mostrar.
Viajei em trabalho, viajei em lazer, li muito, escrevi muito, tirei imensas fotos, falei com estranhos e entrei em suas casas, comi coisas que repugnariam muita gente, mas comi, deambulei por aí...
Estou neste momento a trabalhar numa das maiores consultoras do mundo...e tenho visto coisas fantásticas, coisas perigosas, coisas que dantes eram impossiveis e agora são concretisáveis. Tenho visto o mundo em movimento como nunca tinha visto, e este trabalho deu-me essa possibilidade: Quem são essas "pessoas" ditas grandes, quem são os "moovers", quem são os "playmakers" do mundo que criam oportunidades e geram conflitos mundiais. E eu , homem simples, neutro, mas de olhos bem abertos, observo e estou nesse mundo...coisa estranha para mim.
A vida e os anos vão passando lentamente e normalmente como eu gosto, não tenho pressa, não tenho casa própria, não tenho carro, nem esposa, namorada ou amante - tenho sim duas mulheres lindas, essas sim são a minha única preocupação, o meu unico bem físico.
Se eu estou diferente?! sim estou, vejo a realidade de um modo diferente...o que os outros pensam de mim, isso já nem ligo, não interessa. Eu hoje trabalho de John Phillips, com um toque de hugoboss no pescoço amanhã se for preciso posso estar de galhochas numa traineira em alto mar e a cheirar a cavalo. Sou feliz assim, à minha maneira, e muitos não compreendem esta minha posição sobre a vida, sobre a minha maneira de estar.
O resto entrego à vontade de DEUS, só ele sabe, só ele pode, só ele quer...que seja sempre feito à sua vontade. O que tiver de acontecer vai acontecer.
O próximo ano?! não sei nem quero saber...
Se eu como as tradicionais 12 passas à meia noite?! sim já o fiz...agora não.
Que seja um bom ano e muito feliz ...seja bem vindo 2017.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

o meu natal

Este ano vai acontecer uma novidade...vou estar sózinho, pela primeira vez! não sei como se passa um Natal desta maneira. Uma coisa é mais do que certa, vou preparar um jantar especial, em que o unico convidado é o mestre de cerimónias, Eu!!!
Não tenho os ingredientes portugueses , mas sei que vou inventar uma cena do além.
O Natal não é só comida nem bebida ou presentes...é o nascimento do "pai" de todos nós.
Celebremos pois da melhor maneira possivel...
Feliz Natal a todos (as) !

...tenho neve pelo menos e uns belos 11 graus negativos !!!



quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

já cá faltava...a gripe da ordem!!!

Normalíssimo gripar, e aqui onde eu estou até parecia estranho!!!
Conselho daqui, conselho de acolá, toma isto, bebe chá com mel, as cenas do costume.
Eu disse o que tinha em casa, e que tinha trazido de tugaland .
Uma filandesa, da parte de auditoria financeira diz-me assim quando eu disse que tinha Vicks creme:
Tens Vicks???!!! olhacolocas um bom bocado no nariz e vais ver a diferença!!! notas logo...
E assim fiz...(nunca tinha ouvido falar naquela "mézinha"!!!) e se bem coloquei aquela massa verde pastosa nas narinas, assim fui logo correr para a casa de banho, tirar aquela porra do nariz!
Parecia que estava em pleno Ártico, um gelo estranho, uma dimensão para lá da explicação (muito!!!) plausível,  senti o meu cérebro dizer: 
...adeus pá!!!

a coragem de usar aquilo...


Eu sempre tive a curiosidade em saber certas coisas, definir a coragem perante um touro com mais de 500 kg a olhar de frente, bravio, a querer esganar o homem que tem à sua frente..é preciso  tê-los no síto!!! Eu nunca seria capaz...era adrenalida demais para a minha camioneta...!!!

O mesmo acontece com a leveza de um homem, de carne e osso que voa literalmente num decor qualquer , desses pelo mundo fora, com musica e movimentos coordenados...acho giro, interessante.
Mas, e em comum, há uma coisa que eu não resisto em comentar e afirmar a coragem que os mesmos homens tem em usar aquele tipo de roupagem...
Jamais conseguiria, para além da arte que deles fazem performance, de andar com os tomates literalmente amassados e apertados durante horas a fio!!!
Isso sim é coragem e valentia...e eu não a tenho, nem os meus tintins!!!
Jazus...!!!

domingo, 11 de dezembro de 2016

o avô Aires.


Hoje, se fosses vivo, farias 100 anos. Eu não me esqueço por norma quem me fez bem e quem me faz mal, simplesmente não esqueço.
Tu foste um exemplo de homem que eu gostava de ser, mas não consegui ser...pelo menos até hoje.
Tu casaste, tiveste dois filhos, educaste-os da melhor maneira possivel, fizeste um lar, tiveste sempre ao teu lado aquela que é ainda a minha avó, que conta coisas bonitas sobre ti.
Lembro-me das nossas caminhadas, buscar água com um cantaro de barro que tu tinhas na casa velha, era de 10 litros, e aquilo pesava...
Levaste-me á feira de Santarém de comboio pela primeira vez, tinha 7 anos e nunca tinha andado naquele meio de transporte...lembro-me quando ele arrancou e eu feliz à janela obsevava a paisagem por lugares que eu já tinha passado de carro. Tu ías sorrindo feliz também. As pessoas observavam a nossa felicidade e sorriam também.
Eu fui tirar resina contigo durante as férias do Verão, a minha mãe não queria , mas eu queria saber como era aquilo, tu não eras resineiro, mas tinhas esse hobby que tento gostavas.
Tu tantos pinhais!!! se fosses vivo ficarias desolado por não haver uma unica arvore em pé...
E lá fomos nós, com um cesto pequenino com a nossa merenda do meio dia, porque o dia ía ser longo.
Lembro de irmos às festas de Verão na aldeia do meu pai, a 5 quilometros da tua casa, íamos a pé, porque tu não tinhas carro, moto...e a tua bicicleta era para ti uma reliquia. Quis o destino que essa bicicleta que tanto gostavas e estimavas é agora minha, e continuo com a mesma estimação.
Podes não acreditar, mas eu nunca andei naquela bicicleta.
Tu gostavas de ir aquela festa só para ver uma espécie de "garraiada", um cercado onde se colocam vacas bravias para a juventude se divertir...e tu gostavas de ver as cornadas que elas davam aos mais incautos. Eu gostava de te ver a sorrir.
As minhas memórias são tantas que dava para escrever um livro.
Quando soubemos da noticia do teu falecimento, apoderou-se um vazio estranho na casa, foi estranho, por ser a primeira pessoa próxima que eu perdia. Eu não sabia, eu não sabia como era morrer, qual o significado, porquê, entre tantas perguntas...que graças a ti consegui perceber.
Lembro do gentio que estava naquela igreja, e foi aí que eu tomei consciência séria do tipo de homem que tu tinhas sido nesta passagem que é a Vida! Ficou tudo muito mais claro...
Eu não deitei uma unica lágrima, enquanto que os outros era um mar sem fim.
O ultimo abraço foi o da avó para mim porque sabia de tudo, das nossas complicidades, das nossas aventuras de menino.
O tempo foi passando, fizeste falta. Podias ter esperado mais um bocadinho...só mais um bocadinho para eu aproveitar-me de ti.
Eu gostava de ser como tu mas estou muito longe de chegar (sequer) aos teus calcanhares.
Agora quando tenho possibilidade, passo mais tempo com a avó, a ouvir os seus contos, as suas histórias sobre o "antigamente", as lengas-lengas que eu gosto tanto de ouvir...vou aproveitando, tenho algus escritos guardados religiosamente. Acho bonito como é que uma pessoa que não teve a educação que eu tive tenha tanta sabedoria!!!
Parabéns Avô!



quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

um dia, lembrei-me...e meti-me à estrada.

Estas coisas batem-me forte, parece um chamamento, um desejo, uma vontade de sair , ir por aí sem destino...coisas simples que eu gosto. Eu sou uma pessoa moderna, pelo menos considero-me como tal, não sou nada convencional, de seguir tendências ou modas, gosto de seguir o meu rumo. Quando a moda é de cor vermelha eu opto pelo preto. As minhas escolhas, são as minhas escolhas.
Nas ultimas férias, ainda em Portugal, fiz-me de novo à estrada...e fui por aí, outra vez, e sem destino, mais uma vez!!!
Mas o giro não é saber qual o destino que nós escolhemos, porque por vezes, e muitas das vezes o mais interessante é chegar a lado onde pensamos nunca chegar ou visitar.
Giro é meter-se à estrada, não pelas auto-estradas!!! isso nunca - estraga a beleza do trajecto, das fotos, dos pensamentos- eu paro para tirar uma foto ou para escrever um dado qualquer que eu considere interessante!!!

Eu tiro fotos a marcos de estrada dos anos 70, naquelas regionais antigas que não são mais do que curvas e contra curvas, hoje, carreiros de cabras.
Eu gosto da beleza da imperfeição, dos tons breves de verde das montanhas, das serras, dos vales.
Eu acho um piadão ver folhas a cair e pisar caminhos feitos pelo Outono, ou do verde de novo da Primavera, da cor do mar do Verão,e, e há sempre um "e" uma lareira dessas que ainda existem por aí com lenha até não poder mais, e uma chama viva, onde podemos fazer café, torradas espetadas em garfos...e esperar, esperar por qualquer coisa. Esperar faz parte...
Eu gosto de me meter por caminhos que não conheço, descobrir aldeias perdidas no tempo, na paisagem, que nem vem no mapa. Parar, dizer bom dia a alguém, beber um café numa taberna mais esquisita, com cheiro a vinho e bagaço.
O que eu faço para muitos é visto como uma anormalidade, muitos consideram que eu perco tempo por aí, por  caminhos estreitos, cheios de silvas, entrar em casas velhas trazer lixo para casa, sim lixo para alguns mas "cultura" para mim. Sim, entrei numa casa que caía de podre e arrisquei um bocado , apenas porque vi no chão muito mal estimada uma lamparina de azeite que se usava antigamente quando não havia eletricidade. Mas o que mais me custou ver foi uma "cantareira" (peça em madeira onde se guardava a louça)  muito bonita, podre, impossivel de restaurar, vislumbrei no chão, e em pedaços, uma travessa de louça antiga. Isto sim é um atentado !!!
Eu sou assim, sou diferente, sou exótico no bom sentido da palavra, aliás quem é que me pode criticar?! quem faz de um Shopping publico o seu local de passeio semanal ?! ná...!!!
Estou desejoso pelas minhas férias de Páscoa, o tempo passa rápido, já estamos no Natal e parece que foi ontem quando cheguei. Não faço planos como antigamente, simplesmente arranco, e vou por aí fora...

Alguns dizem : podes fazer isso porque tens dinheiro! e eu logo ali mato o "coelho" à partida. Conheces o teu concelho?! já foste à pia do urso? mata do Louriçal, ao vale do Poio, às escarpas de S. Simão?! já alguma vez foram à Quinta de S. Lourenço ?1...eles encolhem os ombros e cabisbaixos dizem-me que esses lugares são só pedras e para ver mato vão a S. Pedro. É as pessoas de hoje são isto! a cultura do "Forum" espaços comerciais gigantes que arrumam às cordas o comércio tradicional, por si, mais do que morto. Tenho pena...

Esta é a resposta de quem não tem resposta para dar porque simplesmente não aprecia o que há de bom e interessante para ver mesmo ali, à nossa mão, totalmente grátis.
Eu fui descobrindo o meu gosto pelas coisas simples da natureza há poucos anos atrás, foi uma espécie de Xanax , o meu melhor medicamento para um imcompreendido como eu.
As vicissitudes da vida moldaram-me a postura de ver as coisas por outro lado, um lado que eu desconhecia...elas sempre estiveram lá, precisavam apenas de um empurrão.

Um dia de Sol, com muito vento à mistura, eram umas oito horas...eu estava na varanda a tomar o meu pequeno almoço, como costumo fazer quando tenho tempo, porque gosto e é um momento só meu, pequenino mas que dá para pensar tanta coisa. Lembrei-me e fiz-me à estrada. Pensei numa palavra...e saiu : Góis !!! e lá fui eu, subi a Sicó, Rabaçal, Penela, Lousã e finalmente Góis! o que eu fui ver eu não sei, sei que fui tomar café num cafézinho num bar antigo em madeira que existe no centro, entrei, ainda era cedo, e ainda se fazia a limpeza da noite anterior...
Acabei por subir uma serra qualquer, dei-me por lugares fantásticos, com leivos de agua a escorrer pelas escarpas juno à estrada, o sol ía rompendo o nevoeiro e as imagens que eu via eram cada vez mais apeteciveis. Sei que passei pela Pampilhosa da Serra, e quando dei por mim, já o sol estava a pique, sentei-me num restaurante de peixe de rio, junto à barragem de Santa Luzia.
Isto não tem preço!!!





domingo, 4 de dezembro de 2016

ai portugal, portugal, de que é que estás à espera!?


Eu tenho imensas fotos de portugal, esse país, que não é o meu...eu não nasci em portugal, nasci em França. Portugal mete-me nojo, não o país fisico, a terra fisica, essa não tem culpa pelas minhas frustações consentidas. Espero, e penso que já não será do meu tempo, que alguém - um político desses que ainda existirão por aí tomem as medidas certas e digam : isto não tem remédio, vamos recomeçar tudo de novo.
Eu tenho pena de andar por aí de terra em terra, de projecto em projecto e ver o que de bom se faz em cada lugar. Na semana passada estive em Istambul, cidade linda, cidade dos contos, dos templos, dos "mustaphás", das comidas picantes, dos tecidos carregados de cor...do islão.
Aquilo que eu quero contar é simples, e é interessante do ponto de vista cultural.
Visitei uma fabrica de pão, uma padaria normal. Ninguém visita padarias em portugal!!! isso era uma chatice!!! a higiene, os segredos de como se enrola uma massa (??!!!) como se faz um "paposeco", ASAE e outras merdas tão típicas de um portugal que pensa que é muito moderno, mas está atrasado 50 anos em relação ao resto do mundo!!! (pelo que eu vejo!!!)
E entramos, fomos bem recebidos, o casal não sabia inglês, mas entendemos por sinais. Não existem maquinas, nem processos, nem isto nem aquilo...nem ASAE. E aquilo parecia uma revolução lá dentro, porque fazer pão para uma comunidade com mais de 300 mil habitantes é obra, e a cidade ao todo tem mais de 14 milhões de pessoas! O pão aqui é espalmado parece uma bolacha gigante, fez-me lembrar a tradicional Chapati indiana de Jaipur. Mas o sabor, esse, era identico a um pão que eu comi em Laos. Vimos todo o processo, desde a preparação de farinhas, até ao processo de cozedura num forno a lenha, alimentado a carvão. Tudo isto é interessante não pelo pão em si, mas pelo facto de um país que permite e faz vista grossa a um produto tão simples como é o pão! um alimento básico.
Percorro portugal de lés-a-lés e vejo potencialidades a serem esquecidas no tempo, e na vida das pessoas, já não há interesse em ver fazer um queijo de cabra numa casa de um pastor de uma serra qualquer. Não há interesse em saber quais os cogumelos que brotam das nossas colinas durante o Ountono, ninguém conhece caminhos por meio de vales encantados, estreitos, ou rios ou ribeiras...
Agora é mais "pokemons" um vazio cultural, um absurdo castrante, enoja-me pertencer a uma sociedade assim. Eu vou lutando como posso, vou visitando lugares, conhecendo pessoas, eles contam-me as suas histórias...e isso é bom, pelo menos para mim, faz-me bem!
Estaria aqui a contar exemplos de passeios que eu fiz por portugal, pelos lugares, pelas lembranças e promessas de voltar de novo, somos um povo isolado, castigado severamente por uma gentalha sem escrupulos e somos incapazes de mudar..."vai-se indo" até ao dia em que apenas caçar "pokemons" é um lugar de encontros. Deus me leve primeiro, porque eu não quero assistir a esse filme.

sábado, 3 de dezembro de 2016

ainda existem pessoas na idade da pedra...


Eu não sou psicólogo, não sou sexólogo, nem sou especialista na área do sexo ou das relações.
Sou um produto , homem feito com experiências sobre o assunto...
Há cinco anos que não tenho mulher ou namorada, as vicissitudes dos acontecimentos da vida assim o fizeram. Tirei um tempo, para perceber de vez o que se estava a passar comigo como homem.
Eis-me aqui, fresco, nos 40 e tais anos! Completíssimo, em paz, seguro, diferente do que era há 5 anos...eu estava morto e acabado e não tinha essa consciência.
Nada melhor do que o tempo!!!
Mas não é sobre mim que quero falar, mas sim, sobre um tema que ainda é um assunto tabu.Sexo!
Li um artigo na emprensa on line, num artigo-revista de uma apresentadora de televisão muito popular.
O tema era sobre sexo oral entre casais casados, o que se devia fazer e o que não se devia fazer ?!?! Fiquei a perceber (?!) que existe uma divisão entre ser novo e ser velho e ser casado e ser solteiro...e eu pergunto, mas as linguas e as bocas não são as mesmas!? jazus!!!
Homem que é homem ama a sua mulher, vê-a como esposa, melhor amiga e amante. Se não forem escruplosamente respeitados estes "parametros" vale mais estar sózinho!
Homem que é homem, casado, de fresco ou com 20 ou 30 anos de casamento DEVE valer de si, pegar na sua mulher e levá-la aos pincaros do seu prazer...
Home que é homem, e que ama a sua mulher, deve demonstrá-lo nas mais diversas maneiras da vida e no dia a dia, e, no dito assunto quem não consegue levar a sua namorada, esposa a ver "estrelinhas" no céu (quando o céu na realidade está muito nublado!!!), ver o espaço ao contrário, fazê-la apertar as mãos nos lençois ( no banco traseiro do carro, num fardo de palha de um palheiro desses que há por aí...) e ouvi-la a gemer que nem uma doida varrida - então você , homem, não vale nada !!! Dedique-se a outra coisa! o mesmo serve para a mulher, companheira, esposa.
E há cada coisa estranha na comunicação social...fico triste, penso, que afinal de contas, ainda existem pessoas na idade da pedra no presente século.

sábado, 26 de novembro de 2016

sim ele existe...


Eu acredito num grande amor.
Eu não tenho expectativas fúteis para romance. Eu não pretendo andar por aí flutuar. Eu sou um daqueles indivíduos raros, perdoem-me o convencimento, talvez um pouco cansado, e que agora realmente gosto da cultura de conexão e ser feliz por viver em uma época em que a monogamia não é necessariamente a norma ou uma regra.
Mas eu acredito em grande amor, porque já tive um.
Eu tive esse amor que tudo consome. O amor do tipo “eu não posso acreditar que isso existe no mundo físico.”
O tipo de amor que irrompe numa espécie de incêndio incontrolável e então se torna brasa e que se queima em silêncio, confortavelmente, durante anos. O tipo de amor que se escreve em romances e sinfonias. O tipo de amor que ensina mais do que você pensou que poderia aprender, e dá de volta infinitamente mais do que recebe.
É amor do tipo “amor de sua vida”.
E acredito que funciona assim:
Se você tiver sorte, conhecerá o amor de sua vida. Você estará com ele, aprenderá com ele, dará tudo de si mesmo a ele e permitirá que a sua influência te mude em medidas insondáveis. É uma experiência como nenhuma outra na tua vida. Sim, isso aconteceu-me, e é tão bom!
Mas aqui está o que os contos de fadas não te vão dizer – às vezes encontramos os amores de nossas vidas, mas não conseguimos mantê-los.
Nós não chegamos a casar com eles, nem passar anos ao seu lado, nem seguraremos suas mãos em seus leitos de morte depois de uma vida bem vivida juntos.
Nós nem sempre conseguimos ficar com os amores de nossas vidas, porque no mundo real, o amor não conquista tudo. Ele não resolve as diferenças irreparáveis, não triunfa sobre a doença, ele não preenche fendas religiosas e nem nos salva de nós mesmos quando estamos perdidos ou de outras situações diversas.
Nós nem sempre chegamos a ficar com os amores de nossas vidas, porque às vezes o amor não é tudo o que existe. Às vezes você quer uma casa num país pequeno, quer ter três filhos e ela quer uma carreira movimentada na cidade. Às vezes você tem um mundo inteiro para explorar e tem medo de se aventurar fora de seu quintal. Às vezes você tem sonhos maiores do que os do outro.
Às vezes, a maior atitude de amor que você pode possivelmente tomar é deixar o outro ir.
Outras vezes, você não tem escolha.
Mas aqui está outra coisa que não te vão falar sobre encontrar o amor da sua vida: não terminar com ele não desqualifica o seu significado.
Algumas pessoas podem amar-te mais num ano do que outras poderiam amar-te em cinquenta anos. Algumas pessoas podem ensinar-lhe mais num único dia do que outras durante toda a sua vida.
Algumas pessoas entram em nossas vidas apenas por um determinado período de tempo, mas causam um impacto que mais ninguém pode igualar ou substituir.
E isso pode significar a nossa redenção, para construirmos o nosso mudo de uma melhor forma.
E quem somos nós para chamar essas pessoas de algo que não seja “amores de nossas vidas”?
Quem somos nós para minimizar a sua importância, para reescrever suas memórias, para alterar as formas em que nos mudaram para melhor, simplesmente porque nossos caminhos divergiram? Quem somos nós para decidir que precisamos desesperadamente substituí-los – encontrar um amor maior, melhor, mais forte, mais apaixonado que pode durar por toda a vida?
Talvez nós apenas deveríamos ser gratos por encontrarmos essas pessoas em tudo.
Por termos chegado a amá-las. Por termos aprendido com elas. Por nossas vidas terem expandido e florescido como resultado de tê-las conhecido.
Encontrar e deixar o amor de sua vida não tem que ser a tragédia da sua vida.
Deixá-los pode ser a nossa maior bênção. Porque também eles buscarão a sua felicidade.



segunda-feira, 21 de novembro de 2016

porque amanhã é dia de partir...em trabalho



Nunca fui a Istambul, dizem que é uma cidade maravilhosa, multicultural, plena em monumentos, onde a parte oriental e ocidental é separada pelo estreito de Bósforo, o mundo cristão e mundo muçulmano.
Tudo numa só cidade...

domingo, 20 de novembro de 2016

Tinha chegado o dia (2)




A minha curiosidade pelas coisas, pela história, principalmente histórias de guerra não tem limites.
Sou ávido de saber de tudo, e estando na Polonia, hoje na zona da Baixa Silésia , uma das mais afectadas nos anos 40 (segunda guerra mundial) não podia deixar passar esta oportunidade de ver em loco certas coisas.
Natalya Straussman Bauman, pequenina, não mais de 1,60 de altura, hoje com 84 anos - prisioneira de Auschwitz - ala da lavandaria (mulheres).
Foi em redor de sua casa de madeira muito velha, a cair aos bocados que fomos recebidos, eramos 7 pessoas, mais um tradutor, o nosso polaco ainda está muito fresco!
O que ela contou foi incrivel, fantástico, com tanta magia como de terror nos assuntos contados.
E os temas eram tão sóbrios que parecia que tinha regressado há pouco tempo daquele local.
Tinha 9 anos quando foi para lá, separada dos pais, já dentro do campo de concentração - nunca mais voltou a vê-los. Sem saber o que era aquilo, uma menina não tem consciência para aquilo que vem depois...e o terror começa.
As violações, a fome, o tifo, os testes e as experiências médicas do Cap. Mengele ( médico oficial das SS) foram contadas ao pormenor.
Foi uma experiência interessante que eu estou a colocar em papel, para outra altura, para outro lugar, não para este blog.
Quando fomos embora, demos todos um grande abraço à Natalya...o meu foi comoventemente apertadinho...merece a paz esta senhora.
O mundo continua a girar e estranhas coisas vão acontecendo, ele não pára, não conhece os homens...