domingo, 26 de fevereiro de 2017

o dia em que nasceste


Comtemplo este Sol, que é meu, é teu, é de todos no mundo, eu sinto a falta dele todos os dias.
De vez em quando apareces mas depois vais até onde eu não posso ver-te.
Mas eu não quero fazer aqui apologia do pertence , o Sol não é meu como já disse, ele quando nasce é para todos.
Esta foto foi roubada mesmo agora de um blogue que eu sigo religiosamente.
A autora deste sol, tem a classe da visão do simples que depois a transforma em grande, grande para as podermos ler, coisas simples que ninguém olha ou sente.
Molda como o barro do oleiro e transforma em algo util, não são objectos, mas palavras que redondam a alma, inspiram sorrisos, emanam suspiros, saudades de muitos, e muitas que leem as linhas escritas pernoitam na sua longura. Estou longe, muito longe de transformar (também) as minhas palavras escritas, em pensamentos momentâneos, sorrisos breves, emoções in praesentia.
Agora que é noite e eu hoje não vi o sol lá fora, vi este, e roubeio, como um bom gang de caixas de multibanco.
Estou ávido de Sol, não o tenho comigo, mas foi bom ver este , e serviu-me muito bem.
Boa noite, porque amanhã é um dia importante.

PS : À autora desta foto, se um dia  ler este post  peço desculpa pelo  roubo, precisava dela para as minhas palavras escritas. É lindo...!!!

o lado de lá


sábado, 25 de fevereiro de 2017

amo-te, porque sim...

- Amo-te ! Disse- te.
- De que maneira?! Perguntáste-me.
- Amo-te...simplesmente. Respondi.
- Sim...mas como me amas?! Perguntáste-me de novo.

Eu fiquei ali a pensar numa maneira "util" de te dizer a melhor maneira de como te amava.
Tu esperavas a minha resposta com esses teus olhos lindos, claros, fazedores de sonhos- tu descontrolávas-me de tal forma, as palavras não saíam, os significados eram silenciados pela tua presença. Tu desencadeavas revoluções dentro de mim, apetecia-me bater-te, encostar a uma parede e beijar-te até perderes o folego. Nunca fiz isso, com pena minha, mas avontade ficou e ainda vide dentro de mim essa imagem selvagem entre eu e tu.

- Então? Pergutaste.
- O que queres que eu te diga?! gosto de ti ...pronto!
- Gostas?! ou amas-me...é que são coisas tão diferentes. Disseste.
- Sim...é verdade! tens razão. Eu amo-te, muito! Respondi.
- Não precisas do "muito" para nada, saber que me amas é-me suficiente.

Continuámos na nossa lenga lenga como se uma batalha se tratasse, sim, porque eu levo estes assuntos muito a sério. Sempre...
Eu agarrei a tua mão e tu apertaste-a com os teus dedos entre os meus, arrepiei-me de felicidade, e eu não conseguia transmitir isso. Revoltei-me por momentos, merecias que eu dissesse  tudo aquilo que eu sentia por ti sem vergonha, às claras, sem medo - quem ama desta maneira é um covarde que não merece mais nada do que a solidão eterna. Quem não diz aquilo que sente pelo outro perde uma oportunidade de fazer feliz o outro e vice versa . Oportunidades destas não acontecem por acaso, tem um sentido, tem uma razão de ser, tem um significado.
O amor é isto mesmo, é ligar, um elemento ao outro, fisico ou não, mas tem de haver sempre um elo, uma conexão, duas mãos dadas.

- Como sabes que eu gosto de ti?! não sabes?! Perguntas-me de novo.
- Porque sorris para mim, e isso já é um bom sinal... Respondi.
- Eu sorrio para o vizinho todos os dias...gosto dele também portanto?! Disseste.

Eu fiquei chateado com aquela tua observação, mesmo, mas tive de disfarçar com um sorriso daqueles bem amarelado para tu não desconfiares. Como sempre fiquei por momentos a pensar numa boa resposta para te dar. Tu és daquelas mulheres que precisas de saber sempre o chão em que pisas.
Eu sabia que tu necessitavas de ter uma boa resposta às tuas perguntas, era assim sempre, eram as tuas certezas para as tuas dúvidas, era a maneira de saberes o que estava acontecer dentro de mim.
Tu já sabias as minhas respostas, bastava para isso olhar para mim, eu sou de fácil leitura, tu não, pelo menos para mim, naquela altura. Afinal, não era assim tão díficil...
Hoje, tudo é mais claro, tudo é mais sabido, verdadeiro, não exitem àguas turvas, a alma não tem impedimentos, a honestidade da minha razão está muito acima do meu próprio eu .
A vida continua, o relógio não pára, e os segundos batidos agora mesmo não fizeram mais do que história nestas palavras escritas, e nada mais do que isso...tempo, lógica, razão e consciência.

- Amas-me ?! perguntas-me.
- Não! Respondi-te
- Mentiroso! Disseste.



quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

domingo, 19 de fevereiro de 2017

toque





Quem não toca não sente, e quem não sente, é porque não é tocado...


Eu.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

dia 15 de Fevereiro, dia dos namorados

Eu não sou a melhor pessoa para falar sobre o dia de ontem, porque, simplesmente, um dia depois, tudo já foi esquecido, e quem sabe não há aquela azafama em casa, um arranjo na mesa, um vestido especial, ou o que quer que seja.
Eu , como outros tantos homens na mesma situação, somos apelidados de encalhados .
Nós os encalhados, não temos ninguém, nem uma misera amante conseguimos arranjar - as razões serão sempre diferentes uns dos outros, eu cá tenho a minha.
A minha situação, confesso, é demasiadamente penosa, mas de alguma forma feliz, porque eu em tempos tive o privilégio de conhecer o que era isso de amor , gostar de alguem, pensar nela todas as horas, noites mal dormidas - tudo por culpa do tal "amor". O amor, não se explica, sente-se, e eu senti-o! e é bom!!!muito bom!!!
Confesso que também o desafiei, isto é, saber valer da minha vontade em superiorizar-me ao sentimento , e o resultado foi catastrófico a nivel do interior. Custa, dói, demora anos a passar a sarar, a coisa vai seguindo mais ou menos...mas nada é como dantes.
Agora, e devido a isso tudo, eu tenho medo! sim, tenho medo! porque simplesmente se eu não consegui amar aquela que ainda é hoje a mulher da minha vida, como seria com outra?!
Assim, e posto nestes termos, prefiro ficar quieto, não quero magoar-me outra vez, não quero passar pelo mesmo inferno, não quero e nem preciso colocar alguem em ponto de infelicidade.
Confesso que me faz falta ter alguém, alguém com quem partilhar, sair, deambular, construir algo junto, mas, quis o destino que assim ditasse o meu presente e provavelmente o meu futuro.
Eu sou e serei sempre o responsável pelos meus actos, assumo os erros, corrijo-os, concluo sobre os factos. O martelo do juíz bateu na mesa...O amor vence sempre!
Para quem tem mulher, para quem tem marido, feliz dia dos namorados, hoje dia 15 de Fevereiro, porque quem ama de verdade ama todos os dias e não somente no dia 14.
E isso eu sei, porque tenho experiência!

domingo, 12 de fevereiro de 2017

arte abandonada
















Eu lancei um desafio ao Srº Presidente, ele, na retórica de um politico, de muito interessado, porque era importante salvar o pouco de bom e maravilhoso que havia - disse que sim. Eu, gratuitamente fornecia os meios, a minha amizade com um casal amigo, ela restauradora e ele arquitecto de interiores ajudariam como podiam nos seus tempos livres nesta nossa missão. Sim, por que "isto" era uma Missão! Senti-me empolgado, independentemente do calor abrasador daquele verão do ano passado.
Quando recebi a mensagem final da autarquia, verifiquei que o ultimo passo, o ultimo folego para salvar "arte" portuguesa dos anos 60/70 era um lume que não tinha mais lenha por onde arder...« falta de verbas » era o que dizia na missiva.
Venho aqui todos os anos e tiro mais umas fotos, como se fosse uma despedida, e ano para ano tudo está mais destruído. Este não é o unico abandonado em Portugal, entre tantos, o tempo e o desinteresse pelas coisas, pelo restauro, pela qualidade,pelas valências que poderiam vir a trazer para as localidades esfumam-se.
Baptizei este local de "hotel Trivago" passo a publicidade...porque além de "vago" é mesmo um Hotel ! um grande e lindo Hotel.

sábado, 11 de fevereiro de 2017

100 knots...V-one, Rotate !

Quem quiser saber, só por curiosidade, o que quer dizer este titulo faça o favor de pesquisar na net , porque só assim compreenderão a minha emoção nesta viagem que eu fiz até Marvão . 
"Prometido" há uns anos a mim mesmo, assim foi cumprido. Já posso morrer em paz!!!
Fiz este passeio sózinho, num estado lastimável de emoções, foi o melhor que eu fiz.
Há coisas que quando tem de ser, tem de ser mesmo...
É bom descobrir o melhor de nós, mesmo quando tem de ser  arrancado a ferros.
Fiquei dois dias, eu, um livro do Paulo Coelho, e um quarto de uma estalagem secular virada a Este, Espanha é já ali.