quarta-feira, 24 de julho de 2019

uma gota caída do céu

Eu não tenho, por costume, ou por motivos passados,  ir além dos meus limites, os ultimos dias - sim, tenho ido ao red line.
As noticias que chegam de Portugal não são as mais animadoras, em todos os sentidos.
Aqueles que me são próximos evitam-me ao máximo, não sei se é para me proteger ou se pelo contrário, já não sei... Eu nunca me esqueço que as pessoas podem ser as mais doces, como mel, como também amargas como fel.
Este ano decidi para me proteger, não ir de férias de Verão, se for,  será apenas uns parcos dias para abraçar quem neste momento me pede para regressar.
É duro esta vida, demais, para o que eu estava guardado! Jazus! parece que não tenho paz! ando cansado, exausto com tudo.
Não me lembro de estar tão "debilitado" assim, nem na minha separação familiar, ou no infortunio empresarial...é uma roda viva, todo o tempo conta, e neste momento tenho que pensar mais em mim no que nos outros. Está na hora de fechar uma porta e abrir outra.
A vida faz-se caminhando, eu farto-me de ler isto e ainda não cheguei a nenhuma conclusão, por agora o meu tempo parou.
Olho para o relógio, entrego o resto deste meu cappucino na minha boca enquanto escrevo, tento voar o mais baixinho para não cair, eu não posso cair, agora, numa altura destas, era mau demais.
E depois são os meus pensamentos maus, maus, não será o bom termo, o que eu quero dizer é que eu penso no que não devo e devia pensar no dia seguinte.
Espero que algo de bom aconteça...por agora vou entrar dentro do campo de batalha, afinal eu nunca saí disto, e eu, só agora tenho consciência disso - afinal de contas corre nas minhas veias o sangue de um Cruzado. Lutar, lutar, lutar até cair no chão.
Espero que uma gota caída do céu me sacie a sede que me tolhe a alma. Valha-me isso, ainda tenho Alma.
Estou vivo, valha-me isso! o mais importante neste momento.