segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Uma janela ( do avião) , uma vista


Eu sempre tive a curiosidade de fotografar do "ar" cidades  que eu conheço bem.
Nesta ultima consegui uma que eu queria tanto, e tantas viagens que eu já fiz, e só agora consegui.
Com o telemóvel, tirei uma foto à minha cidade! É muito difícil  saber onde estamos, mas desta vez vinha atento, e quando o comandante deste voo disse que estávamos a menos de 20 minutos da chegada... olhei para o "chão". Geralmente , eu apanho a linha nascente , os voos geralmente com origem Europa central e com destino a Lisboa entram pela zona da beira baixa, Castelo Branco. Quem viaja sabe-o muito bem...O rio Tejo visto de cima é magnífico.
Desta vez fiz uma escala em Schiphol e a entrada pelo país fez-se naturalmente pela zona norte.
A primeira coisa que me chamou a atenção, foram aqueles buracos brancos naquele verde, no lado direito da foto, são as pedreiras na serra do Sicó e no lado esquerdo consegue-se ver muito bem a N1 que corta a cidade ao meio e a oeste a A1 junto ao parque industrial!
Aproveitei e lá fiz a foto!!! foi giro.

domingo, 18 de fevereiro de 2018

um bilhete na mão, sem data de regresso

"Voar é e será sempre a eterna inveja e frustração que o homem carrega na sua alma e aperta no seu peito quando vê um pássaro a planar ao sabor do vento.
Aprendemos a fazer um milhão de coisas, mas voar… Voar a “vida” não nos deixou. Talvez por saber que nós, humanos, aprendemos a pertencer demais aos lugares e às pessoas. E que, neste caso, poder voar nos causaria crises difíceis de suportar, entre a tentação de ir e a necessidade de ficar.
Muito bem. Aí o homem foi lá e criou a roda. A Kombi. A Trotinete motorizada. A Harley. O Boeing 747. E nós descobrimos que, mesmo sem asas, poderíamos voar. Mas a grande complicação foi quando nós percebemos que poderíamos ir sem data de regresso.
E assim começaram a surgir os corajosos que deixaram suas cidades de fome e miséria para tentar alimentar a família noutras capitais, cheias de oportunidades e monstros. Os corajosos que deixaram o aconchego do lar para estudar e sonhar com o futuro incrível e hipotético que os espera. Os corajosos que deixaram as cidades da pátria para viver oportunidades que não aparecem duas vezes. Os corajosos que deixaram, enfim, a vida que tinham nas mãos, para voar para vidas que decidiram encarar de peito aberto.
A vida de quem inventa de voar é paradoxal, todo dia. É o peito eternamente divido. É chorar porque queria estar lá, sem deixar de querer estar aqui. É ver o céu e o inferno na partida, o pesadelo e o sonho na permanência. É orgulhar-se da escolha que te ofereceu mil tesouros e odiar-se pela mesma escolha que te subtraiu outras mil pedras preciosas, os pais, os filhos, os amigos, esta ou aquela pessoa,  o cheiro da nossa terra, do nosso lare. E começamos a viver um roteiro clássico: deitar na cama, pensar no antigo-eterno lar, nos quilómetros de distância, pensar nas pessoas que amamos, o que elas estão fazer sem nós por perto, nos risos que nós não rimos com elas. É tentar, sem sucesso, conter um breve choro no canto do olho, e suspirar sabendo que nós somos os únicos responsáveis pelas nossas próprias escolhas. No dia seguinte, ao acordar, já está tudo bem, a vida escolhida volta a fazer sentido. Mas, sabemos bem, muito bem, que outras noites como essa virão."




Comentário/Texto de colunista brasileira.

sábado, 17 de fevereiro de 2018

a verdade e a mentira

Diz uma parábola judaica que certo dia a mentira e a verdade se encontraram.
A mentira disse para a verdade:
- Bom dia, dona Verdade.
E a verdade foi conferir se realmente era um bom dia. Olhou para o alto, não viu nuvens de chuva, vários pássaros cantavam e vendo que realmente era um bom dia, respondeu para a mentira:
- Bom dia, dona mentira.

- Está muito calor hoje, disse a mentira.
E a verdade vendo que a mentira falava a verdade, relaxou.
A mentira então convidou a verdade para se banhar no rio. Despiu-se de suas vestes, pulou na água e disse:
-Venha dona Verdade, a água está uma delícia.
E assim que a verdade sem duvidar da mentira tirou suas vestes e mergulhou, a mentira saiu da água e vestiu-se com as roupas da verdade e foi embora.
A verdade por sua vez recusou-se a vestir-se com as vestes da mentira e por não ter do que se envergonhar, saiu nua a caminhar na rua.
E aos olhos de outras pessoas era mais fácil aceitar a mentira vestida de verdade, do que a verdade nua e crua."

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

duas datas , dois acontecimentos, nada me dizem

Hoje é Carnaval, aqui onde estou nem sabem o que isso é! para mim foi fantástico...também nunca gostei de palhaços!
Amanhã é o dia mais comercial do ano, ainda mais do que a véspera de Natal!!! Serão vendidas rosas vermelhas aos montes, presentes, roupas, perfumes, etc, etc.








domingo, 11 de fevereiro de 2018

o regresso adiado uma vez mais

Quase ano e meio aqui, neste país frio, quase sem sol durante o dia, pessoas muito bonitas de pele lisa, brancas, olhos azuis e verdes.
O meu trabalho é bom, faço aquilo que eu gosto, viajo muito, conheci quase totalidade da Europa devido a este emprego - também nem tudo são rosas, também há os espinhos, e se picam.
De todas as maneiras, não é este o meu "canto" não me sinto gente desta gente.
O meu lugar, é Portugal com todas as porcarias que nele há, fico deveras horrorizado com tamanha displicência quer a nivel governativo, quer a nível social...o meu país não merece este tipo de gente de merda, NÃO VALEM NADA!!! a corrupção é cada vez mais avassaladora num país tão pequeno...como poderemos nós, salvar isto?! eu ainda não descobri, mas gostava.
O meu regresso é cada vez mais um lume brando que não dispõe de mais lenha para o alimentar, o meu trabalho, o meu "emprego" em Portugal, é feito por cunhas, e ex deputados da nação, é uma troca de gente de quatro em quatro anos, dependendo do governo. Depois há os filhos e os enteados, e o pouco que sobra é para o amigo do amigo...e é assim como funciona.
Aqui, na Europa civilizada as oportunidades são para quem dá e consegue dar cartas, quem ousa a ser melhor, mais guerreiro, quem se levanta às 6 da manhã, e corre para o metro, ou para o tram. É deixar o trabalho às 18 ou por vezes às 19 em vez das 16 horas como em Portugal. Esta gentalha de merda não está habituada a levartar cedo, nem apanhar transportes publicos - há sempre o automóvel da empresa !!! Aqui, o CEO vem de bicicleta para o trabalho!!! Em Portugal seria considerado como un saloio.
Como eu já sei como as coisas são, deixei de fazer planos, tenho ideias, sim, tenho... a minha casa de madeira à beira de um rio qualquer será sempre o meu projecto a curto prazo.
Estou a fazer uma matriz, ensaios, com uma ferramenta bastante conhecida, é um trabalho que faço em casa, e que, mais uns testes estarei apto a dizer se a coisa funciona, e aí sim, poderei regressar a Portugal, tranquilo - mas ainda é cedo! preciso de mais uns meses, de fazer testes e ensaios.
Eu não vou mencionar aqui, neste blogue, o que eu estou a fazer. Quem quiser, quem estiver curioso, posso partilhar, mas em privado ou por email. Eu nestas coisas gosto de ajudar as pessoas, se eu posso, faço-o comprazer e com gosto.
Por enquanto, e satisfeitos com o meu trabalho, foi-me proposto a renovação contratual com a PWC, o qual aceitei.
Vamos lá então...
Odeio este mês! não sei porquê!!!

dei por mim a ler uns textos

Fiz uma "limpeza" geral no meu PC, daquelas à séria.
Não me lembrava de tanta coisa, trabalhos em power point para as formações profissionais que eu leccionei, longinquas, mas com boas recordações. Arganil, Coimbra, Aveiro, Pombal, Tomar, Batalha, Marinha Grande, Fig. Foz, Lousã, e Arouca. Andei por aí uns anos. Fiz amigos, alguns ainda com contactos frugais. Penso que fiz um bom trabalho!
Dei por mim a ler uns textos, coisas, pensamentos e 45 paginas de um livro que eu "tentei2 escrever.
Não tenho jeito para a coisa, o meu português é fatidico, indolente, e nada romântico...isto da escrita tem de ser mesmo! nascer com as pessoas, eu não.
Chamei-lhe de "o vento do Norte", não era mais de que uma fuga à frente, uma justificação para mim mesmo, uma desculpa para a mulher que um dia eu amei de corpo e alma, era a minha personagem principal, a minha musa, e ainda hoje, por vezes nos meus sonhos. Afinal, será sempre a minha musa.
Foi a unica coisa que eu não "deletei" fiz um ficheiro, e , se um dia Deus permitir, já velho voltarei a ler aquelas 45 páginas.
Depois, textos e mais texto, fotos que não interessavam e que ocupavam muito espaço.
Foi a barrela da semana, mas, por momentos viajei no tempo por situações que provavelmente voltaria a fazer mas de outra maneira, sem arrependimento, mas muito mais consciente daquilo que nós somos capazes de provocar nos outros e a nós mesmos.
Todos nós deveríamos fazer de vez em quando uma "limpeza" aos nossos computadores, relembrar a nossa história, o que fomos e aquilo que somos hoje. É interessante.
Boa semana a todos.