Em Portugal, no dia de Todos os Santos, era tradição , as
crianças saírem à rua em pequenos grupos para pedir o “Pão por Deus” de porta
em porta. Recitavam versos (“ Ó tia, dá Pão-por-Deus ? Se o não tem
dê-lho Deus!” ou “ Ó tia ó tia, bolinhos bolinhos em louvor de
todos os santinhos”) e recebiam como oferenda: pão, broas, bolos, romãs e
frutos secos, nozes, amêndoas ou castanhas, que colocavam dentro dos seus sacos
de pano confeccionados com retalhos de tecido.
Antigamente todas as pessoas iam pedir o “Pão por Deus” porque havia
muita pobreza e havia mesmo necessidade de pedir.
Normalmente as pessoas punham as mesas com o que tinham em casa (comida e
bebida) e, quando chegavam os pobres, entravam e comiam à vontade e à saída
ainda lhes davam mais alguma coisa.
É também costume em algumas regiões, os padrinhos oferecerem um bolo,
o Santoro.
Em algumas povoações da zona centro e estremadura chama-se a este dia o
‘Dia dos Bolinhos’ ou ‘Dia do Bolinho’. Os bolinhos típicos são especialmente
confecionados para este dia, sendo à base de farinha e erva doce com mel
(noutros locais leva batata doce e abóbora) e frutos secos como passas e nozes.
Nos Açores era costume colocar o primeiro pão da fornada à porta para quem passa-se
e tivesse fome levar.
Em 1756, também se cumpriu esta tradição, 1 ano após o terremoto que
destruiu Lisboa em 1º de Novembro de 1755 em que morreram milhares de pessoas e
a população da cidade – na sua maioria pobre – ainda mais pobre ficou. A
progressiva implementação do Halloween em Portugal é uma
ameaça à continuidade do “Pão-por-Deus” pois vem substituir as tradicionais
manifestações das tradições portuguesas que importa preservar pois fazem parte
do nossa cultura.
Ou estarei errado ?!
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