domingo, 8 de janeiro de 2017

gosto de esquecer...às vezes faz-me bem




Já revisitei mais o meu passado que agora. Os tempos são outros, são mais anos, e isso pesa.
Há coisas que eu não esqueço, por mais que eu peça a Deus, para, que lá de cima ele atire uma marreta de pedreiro bem pesada na minha cabeça...para definitivamente esquecer certas coisas.
Se as coisas estão lá é porque tem algum significado para continuarem a chagar-me quase, quase todos os dias.
Eu já não sou fácil, estou duro de coração, não sou tolerante a certas coisas, irrito-me com facilidade...eu era tão calmo e pacífico que por vezes até irritava.
Agora estou menos vulnerável, mais pragmático, estou duro de roer...só entra quem eu quiser!!!
O meu passeio de hoje à tarde com um frio de rachar aos -12º não me incomodaram nada, às vezes faz bem, alivia a tensão, a dor de qualquer coisa...e tudo passa por momentos, então, aí eu sou livre de tudo, sou mais eu, sorrio a quem passa, um estrangeiro que ainda só sabe dizer poucas palavras.
Tudo é mais fácil, tudo flui com menos rigor ao que estou habituado.
Começo habituar à ideia de que a minha vida vai ser isto, hoje aqui, amanhã noutro lado, não há volta a dar.
Gosto de esquecer quem sou por breves e finitos momentos...às vezes faz-me bem.
São 19: 54 de Domingo, e faz um frio de rachar...

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