quinta-feira, 30 de maio de 2019

a espuma branca da água do mar da minha praia

Caminhamos juntos, pés nus, no nosso mar, na nossa praia, e aquela praia é só nossa mas ninguém sabe que assim é.
O vento soprou veloz de Oeste, trouxe consigo um nevoeiro frio naquele mês ainda primavera, passeamos na mesma.
Fez -se noite, caiu depressa sem sabermos, encostados os dois num banco de madeira, cá fora, olhar para o mar.
 O tempo parou, entrámos para dentro, o frio e o sabor a sal na nossa pele apressou-nos a um banho quente. Comemos um lauto jantar, sim, porque o importante daquele dia e daquela noite não era o alimento, não era sequer a nossa praia, mas tu, foste sempre tu.
Provocaste-me com a tua vestimenta de noite, de cor preta, e eu fiquei por ali, diabolizando, caído, sem reação. A tua beleza incomoda-me, e quando me olhas eu morro ali no momento.
Agarrei a tua mão, deitei-te sobre a cama e tirei a tua vestimenta de cor negra, as minhas mãos percorreram o teu corpo nu, a tua sombra abraçou-me e eu... e tu, não me deste alternativa.
Foi mais uma noite para o arquivo da minha memória que se arrasta no tempo das memórias, o que me resta senão recordar-te, no tempo em que te tive, no tempo em que te amei, e que o sol era amarelo e o céu azul...o resto eu não sei.
Dorme bem! disseste tu.

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