sábado, 25 de fevereiro de 2017

amo-te, porque sim...

- Amo-te ! Disse- te.
- De que maneira?! Perguntáste-me.
- Amo-te...simplesmente. Respondi.
- Sim...mas como me amas?! Perguntáste-me de novo.

Eu fiquei ali a pensar numa maneira "util" de te dizer a melhor maneira de como te amava.
Tu esperavas a minha resposta com esses teus olhos lindos, claros, fazedores de sonhos- tu descontrolávas-me de tal forma, as palavras não saíam, os significados eram silenciados pela tua presença. Tu desencadeavas revoluções dentro de mim, apetecia-me bater-te, encostar a uma parede e beijar-te até perderes o folego. Nunca fiz isso, com pena minha, mas avontade ficou e ainda vide dentro de mim essa imagem selvagem entre eu e tu.

- Então? Pergutaste.
- O que queres que eu te diga?! gosto de ti ...pronto!
- Gostas?! ou amas-me...é que são coisas tão diferentes. Disseste.
- Sim...é verdade! tens razão. Eu amo-te, muito! Respondi.
- Não precisas do "muito" para nada, saber que me amas é-me suficiente.

Continuámos na nossa lenga lenga como se uma batalha se tratasse, sim, porque eu levo estes assuntos muito a sério. Sempre...
Eu agarrei a tua mão e tu apertaste-a com os teus dedos entre os meus, arrepiei-me de felicidade, e eu não conseguia transmitir isso. Revoltei-me por momentos, merecias que eu dissesse  tudo aquilo que eu sentia por ti sem vergonha, às claras, sem medo - quem ama desta maneira é um covarde que não merece mais nada do que a solidão eterna. Quem não diz aquilo que sente pelo outro perde uma oportunidade de fazer feliz o outro e vice versa . Oportunidades destas não acontecem por acaso, tem um sentido, tem uma razão de ser, tem um significado.
O amor é isto mesmo, é ligar, um elemento ao outro, fisico ou não, mas tem de haver sempre um elo, uma conexão, duas mãos dadas.

- Como sabes que eu gosto de ti?! não sabes?! Perguntas-me de novo.
- Porque sorris para mim, e isso já é um bom sinal... Respondi.
- Eu sorrio para o vizinho todos os dias...gosto dele também portanto?! Disseste.

Eu fiquei chateado com aquela tua observação, mesmo, mas tive de disfarçar com um sorriso daqueles bem amarelado para tu não desconfiares. Como sempre fiquei por momentos a pensar numa boa resposta para te dar. Tu és daquelas mulheres que precisas de saber sempre o chão em que pisas.
Eu sabia que tu necessitavas de ter uma boa resposta às tuas perguntas, era assim sempre, eram as tuas certezas para as tuas dúvidas, era a maneira de saberes o que estava acontecer dentro de mim.
Tu já sabias as minhas respostas, bastava para isso olhar para mim, eu sou de fácil leitura, tu não, pelo menos para mim, naquela altura. Afinal, não era assim tão díficil...
Hoje, tudo é mais claro, tudo é mais sabido, verdadeiro, não exitem àguas turvas, a alma não tem impedimentos, a honestidade da minha razão está muito acima do meu próprio eu .
A vida continua, o relógio não pára, e os segundos batidos agora mesmo não fizeram mais do que história nestas palavras escritas, e nada mais do que isso...tempo, lógica, razão e consciência.

- Amas-me ?! perguntas-me.
- Não! Respondi-te
- Mentiroso! Disseste.



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