domingo, 5 de fevereiro de 2017

a vida que vem a seguir


Não me lembro muito bem da minha idade na altura, penso que ainda não tinha ainda dez anos.
Perguntei ao meu avô muito querido onde ía tão apressado.
- Vou regar a horta, está muito calor e tem de ser tudo regado senão...só Deus sabe, vai dizer à tua mãe que vais comigo.
Fomos os dois para um terreno muito próximo de onde vivíamos.
Havia um poço, ainda lá está, e da última vez que fui até ao dito terreno vislumbrei um enorme silvado que escondia as suas paredes de pedra.
Lembro de tirar àgua do balanço , era assim o nome que dávamos aquela geringonça, era divertido tirar água de um poço.
Antigamente, não se ía ao mercado, toda a gente tinha uma couve, ou uma cenoura, um batatal, um tomateiro, sei lá que mais.
Esta imagem trouxe-me de volta a esses tempos, onde tudo era mais simples, onde a vida não tinha horário, o galo ditava a alvorada da manhã, e tinha como destino a ceia de Natal.
Passei um dia por aqui e vi esta imagem que num flash trouxe as memórias do meu avô, parei e fui tirar uma foto.
- Não tire a mim que sou velha e feia, tire às minhas couves, são muito mais bonitas.

2 comentários:

  1. A senhora ficou super agradecida, fiquei surpreendido, mandou-me esperar, na sua "rapidez" foi a casa e trouxe-me uma broa de milho acabadinha de sair do forno. Sou um homem de sorte!!!

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