terça-feira, 1 de novembro de 2016

Novembro rain...

Chegámos a Novembro, este é o meu mês, dia 7, faltam 6 dias para fazer 45 anos.
Não tenho vergonha de dizer a minha idade, sinto-me bem com esta idade, independentemente das vicissitudes que dela ocorreram.
Quando olho para a minha vida de uma maneira independente, sem rodeios, nem falsas pretensões, do que quer que seja, posso dizer que tudo me aconteceu, do melhor ao pior e eu nem dei por isso – porque aconteceu!
Nunca liguei ao futuro, quando eu olho para o amanhã eu já lá estou e não dou por isso, nunca tive uma meta, estou bastante tranquilo. As coisas acontecem-me…Deus tem sido para mim um fiel protector, e um santo, para me aturar nos pedidos mais “estranhos” que eu faço.
Quando eu tentei fazer planos eles saíam pela porta ao lado e percebi que a melhor maneira de viver a vida era que “ela” simplesmente acontecesse – bom ou mau vai aparecer sempre qualquer coisa – Deus queira que seja melhor que pior. E no dia que “ele” entender que eu já não estou cá a fazer nada, que o meu papel já acabou, que sim…que me leve.
Não tenho medo de perder a memória, o balanço que eu faço das coisas que eu fiz por inteiro foram feitas segundo a minha vontade e decisão, sobretudo aquelas em que me afastei contra a minha vontade, de mim próprio e que em algumas situações me prejudiquei para que outros ficassem melhor- assim fiz, para que outros, não interessa quem, aqui e agora, mas fiz pelos outros e prejudiquei-me por isso – mas fiz conscientemente que perdia alguma coisa.
Sei que não fui fiel a mim próprio, e isso é irreprimível, desafiei o sentimento mais poderoso do universo, julgando que, “eu” todo-poderoso podia de alguma forma ganhar esse combate…perdi-o, miseravelmente. O amor não se combate…Nunca! Há coisas que os olhos dizem, mas nós podemos contrariar através de palavras, eu fiz isso, e dei-me muito mal.
Eu tive a sorte, a felicidade, a oportunidade de uma vida, de conhecer o ser mais maravilhoso num espaço de tempo nestes 45 anos. Foi a sua benevolência, a sua maneira de ser(tanto de bom como de mau), a sua maneira de ver o mundo – de o perspectivar, de olhar para mim olhos nos olhos e obrigar-me ao exercício do conceito “viver” por um outro lado, aquele que eu desconhecia, e que hoje permite-me nesta vida que eu tenho, fazer as minhas escolhas, de uma forma “criteriosa”, consertada, sem medos, sem rodeios.
Presentemente, estou melhor, estou afinado, em todo os sentidos – mas sinto que começo a ficar mais frio em relação a certas situações que dantes não acontecia. Sinto que já tenho os meus limites, não tenho pachorra para certas situações – por exemplo a falta de caracter, da consciência de que se é um bandalho da vida, da falta de moral – isso repugna-me!
Tento ser melhor todos os dias, tolerante, bondoso com quem me rodeia, cauteloso, quero deixar a minha marca, e alguma coisa de positivo que se possa recordar quando eu partir.

Que alguém diga que eu fui por momentos um gajo porreiro!

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