domingo, 3 de outubro de 2021

a hora dos benditos

- Alimenta-me ! disseste tu , para mim com uns olhos àvidos de sede e de vontades.

- Alimento-te ?! como assim...? nao estou a perceber. Respondi eu, e inquieto fiquei com um nervoso miudinho. Eu devia ter uma resposta pronta, na ponta da lingua - tu és assim, de momentos e respostas, tens de ter, exiges uma resposta pronta àas tuas perguntas.

Eu estava limitado  mas tao limitado nas respostas àas tuas perguntas.

- Eu presiso entendes...eu preciso de alimento para viver! de matéria...entendes?! - olhas-te para mim com as maos no colarinho da minha camisa suada.

Eu disse que sim...so para te satisfazer a tua momentanea fome de perguntas e sem as respectivas respostas da minha parte.

Tu nao tinhas fome de alimento, tinhas fome sim, do conhecimento, das perguntas do tempo Presente da tua vida, precisavas da experiencia, do fazer coisas que nunca tinhas feito e que tinhas vontade de experimentar.

Precisas-te de mim como light motif  das tuas vontades - eu, ali , estive tao perto mas nao consegui acompanhar o teu pensamento, os teus desejos, as tuas necessidades.

Agora sei o que te alimenta! agora que sou velho e muito doente, perdido aqui nesta ilha rodeade de mar imenso.

Descubro aqui que os barcos tambem podem navegar sem pescador! 


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