Hoje fiz uma viagem, uma viagem que nao existe, o google maps.
Eu faco este tipo de viagens, eu estive aqui, estive ali, fiz isto ali e fiz aquilo no acolà...e é um bom exercicio, para quem de gosta de viajar como eu, de quem dà o cu e oito tostoes para um passeio, nao importa onde! o facto de sair de casa para ir tomar café pode ser o comeco de uma boa aventura, de uma descoberta, de encontrar alguem para uma conversa interessante, e eu gosto de conversar qualquer coisa que seja interessante, nao importa o tema.
Os temas sao sempre dispersos para mim, posso comecar com alhos e termino com bugalhos, exalto-me quando conheco os temas e descubro o que eu nao sei.
Estive em Franca no ano passado, Saint Nazaire, uma cidade industrial por excelencia, uma costa atlantica, e sobretudo, com muita caganca, a terra das ostras...comi tantas ostras, comem-se com uma pitada de sal e umas gotas de limao. Comem-se cruas, mete nojo so de olhar, mas é bom, eu gosto.
Passei horas num restaurante junto a um farol, sozinho, e quantas vezes eu precisei de uma pessoa ao lado, so para falar de qualquer coisa...
Lembrei-me por momentos, em Saint Nazaire, olhar o mar da praia da Nazaré e do arroz de marisco acompanhado por alguem, naquele dia jogava o Sporting - Benfica e eu abdiquei de um jogo para jantar um arroz de marisco com uma amiga e uma boa conversa, lembro-me que valeu a pena os quilometros, o arroz de marisco, a praia, e as conversas.
Portugal é pequeno e ainda nao o conheco completamente, e é tao pequeno, percebi isso nos ultimos anos, porque fiz tantos quilometros e percebi que faltava-me qualquer coisa, hà qualquer coisa que me escapa, vou descobrindo pouco a pouco.
Agora vou fazendo uns planos para viajar no meu pais, de Norte a Sul, planeio faze-lo por comboio e por autocarro, nao quero autoestradas ou vias ràpidas...quero estradas regionais, curvas e contra curvas, quero ter umas boas dores de cabeca à chegada de uma cidade qualquer.
Sonhar com o invisivel, com o sem fim, saber que esta là... e eu vou là! porque quero, porque preciso, porque faz parte de mim agora.
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