sexta-feira, 9 de novembro de 2018

caderno de mão

Estava sentado à espera da minha vez.
Olhei, e olhei e continuei a olhar...a olhar , não, a observar! eu gosto d observar as coisas, gosto de ler as pessoas, e não as conheço de lado nenhum.
Em todos os aeroportos onde eu já passei é sempre assim.
A ansiedade de alguém que espera outro alguém.
Não importa quem seja, ou o que faz, ou que país regressa... o final é sempre o mesmo, mas antes.
Antes, é o andar de um lado para o outro, com garrafas de agua na mão, ou vislumbrar alguma msg de telemóvel, ou um ultimo café.
Vejo ramos de flores na mão, prendas, bandeiras em haste , placares com os nomes das pessoas ao alto - na maioria serviços.
Mas, há sempre dedicatórias...todas elas são lindas, os desejados afinal vão passar naquele corredor.
Há um primeiro desembarque, e há sorrisos de orelha a orelha , há os primeiros abraços, existem lágrimas, existe uma união perfeita e momentânea naquele momento.
Depois tudo acaba...
Depois volta tudo acontecer de novo.
Não importa quem seja, ou o que faz, de que religião, se é actor, futebolistas , empresário ou estudante um uma pessoa qualquer.
O tempo é impaciente, mais um tempo para um cigarro, um café rápido, uma espiada para um jornal.
Chega um voo, de um país qualquer, e há tensão saudável naquele corredor, e uma vez mais chegam os viajantes.
Abraços, beijos, e mais abraços.
Entregam-se as prendas, as flores, as crianças aos braços...um ultimo abraço e o aeroporto fica vazio.
Eu já fiz muitas viajens, mas nunca tive ninguem à minha espera...passei de cabeça erguida por toda aquela multidão, saí, chamei tantas as vezes por um taxi e sempre tive um TAXI!
Vamos lá então começar tudo de novo. Porque é sempre assim.

Bom fim semana.

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