segunda-feira, 3 de junho de 2019

a matriarca

Morreu hoje, dei uma vista de olhos no DN antes de ir deitar, mas passei por aqui porque considero que vale a pena.
Nos ides da juventude, no 9º ou 10º ano , já não me lembro, éramos "convidados" a ler uma obra desta grande Senhora, desta grande escritora que Portugal perdeu hoje. Agustina.
O livro era a SIBILA .
Como nós não gostávamos de ler, por norma, vai-se lá saber porquê, possivelmente a bola era a responsável ou talvez não - mas lá lemos aquilo - com uma dificuldade extrema, aquilo era dificil de ler e de compreender.
Mais tarde livre da "obrigação" de ler a Sibila, e já descontextualizado, dou por mim a folhear página a página, palavra por palavra...e aquilo era uma delicia. Foi graças a Agustina que eu comecei a gostar do Douro, e das suas paisagens, de conhecer, de ir lá! e eu fui...e era tão verdade.
O conhecimento e o prazer da leitura trás essa possibilidade de conhecer novos "mundos", caminhos, terras, rios, gentes, e tanta coisa que não cabe neste breve excerto.
Re-li este livro na Nova Guiné, no meio do nada, no verde absoluto e imenso daquela paisagem, como eu fartei-me de ver verde e aquele livro permitiu-me viajar por um Portugal antigo e antiquado, conhecer um pouco do poder matriarcal tão enraizado no norte interior.
Outros seguiram o mesmo destino, o Memorial , Esteiros, Abelha na Chuva, entre tantos.
É bom redescobrir aquilo que nunca foi descoberto, pelo menos para mim, assim acontece...e é tudo tão surpresa como prazeiroso.

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